E a Sombra caiu sobre a terra, e o Mundo foi despedaçado, pedra por pedra. Os oceanos recuaram, as montanhas foram engolidas, e as nações se espalharam pelos oito cantos do Mundo. A lua era como o sangue, e o sol, como as cinzas. Os mares ferveram, e os vivos invejaram os mortos. Tudo se fez em pedaços, e tudo se perdeu, a não ser a memória, e uma delas acima de todas, a daquele que havia trazido a Sombra e a Ruptura do Mundo. E a ele deram o nome de Dragão.

(De Aleth nin Taerin alta Camora, A Ruptura do Mundo.

Autor desconhecido, a Quarta Era)


E assim aconteceu naqueles dias, como havia acontecido antes e tornaria a acontecer: as Trevas caíram pesadas sobre a terra e oprimiram o coração dos homens, e o que era verde extinguiu-se, e a esperança morreu. E os homens gritaram para o Criador: Ó Luz dos Céus, Luz do Mundo, deixai que o Prometido nasça da montanha, seguindo as profecias, como foi em eras passadas e será nas eras por vir. Deixai que o Príncipe da Manhã cante para a terra, que o verde vicejará e dos vales virão os cordeiros. Deixai que o braço do Senhor da Aurora nos proteja das Trevas, e a grande espada da justiça nos defenda. Deixai que o Dragão cavalgue novamente nos ventos do tempo.

(De Charal Drianaan te Calamon, O Ciclo do Dragão.

Autor desconhecido, a Quarta Era)


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