Nota sobre as datas deste glossário. Três sistemas de registro de datas têm sido amplamente utilizados desde a Ruptura do Mundo. O primeiro contava os anos Depois da Ruptura (DR). Como os anos do evento e os que vieram logo em seguida foram de caos total, e considerando que o calendário foi adotado cerca de cem anos após o fim da Ruptura, sabe-se que o ponto inicial foi definido de forma arbitrária. Ao fim das Guerras dos Trollocs, muitos registros haviam se perdido, de tal modo que havia discussões sobre qual seria o ano inicial exato, de acordo com o antigo sistema. Então, um novo calendário foi estabelecido, datando do fim das Guerras e celebrando a suposta libertação do mundo da ameaça dos Trollocs. Esse segundo calendário registrava cada ano como um Ano Livre (AL). Depois da desorganização, morte e destruição causados pela Guerra dos Cem Anos, surgiu uma terceira forma de registro: é o calendário da Nova Era (NE), que encontra-se atualmente em uso.
Abandonados, os: Nome dado a treze dos mais poderosos Aes Sedai da Era das Lendas, o que os classifica entre os mais poderosos de todos os tempos. Aes Sedai que passaram para o lado do Tenebroso durante a Guerra da Sombra diante da promessa de imortalidade. De acordo com as lendas e fragmentos de registros, foram aprisionados com o Tenebroso quando a prisão dele foi resselada. Seus nomes — entre eles Lanfear, Be’lal, Sammael, Asmodean, Rahvin e Ishamael — ainda são usados para assustar crianças.
Aceitas: Jovens mulheres em treinamento para se tornarem Aes Sedai que alcançaram um certo nível de poder e passaram por determinados testes. Em geral leva-se de cinco a dez anos para que uma noviça seja elevada a Aceita. As mulheres nesse nível de treinamento ficam sob regras um pouco menos rígidas do que as noviças, e podem escolher as próprias áreas de estudo, dentro de alguns limites. Uma Aceita tem o direito a usar o anel da Grande Serpente, mas apenas no terceiro dedo da mão esquerda. Quando uma Aceita é elevada a Aes Sedai, escolhe a própria Ajah, adquire o direito a usar o xale e pode passar a usar o anel em qualquer dedo, ou não usá-lo, se as circunstâncias assim justificarem.
acre: Unidade de medida de área para terrenos, equivalente a 100 x 100 passos.
Aes Sedai: Pessoas capazes de canalizar o Poder Único. Desde o Tempo da Loucura, sobreviveram apenas as Aes Sedai mulheres. Alvo de desconfiança, medo e até mesmo ódio amplamente disseminados, muitos as culpam pela Ruptura do Mundo e as acusam de interferir nos assuntos das nações. Ao mesmo tempo, poucos governantes optam por não ter uma conselheira Aes Sedai, mesmo nas terras em que a existência desse aconselhamento precisa ser mantida em segredo. Ver também Ajah; Trono de Amyrlin; Tempo da Loucura.
Aiel: Povo do Deserto Aiel. Ferozes e destemidos. Cobrem o rosto com um véu negro antes de matar, o que deu origem à expressão “agir como um Aiel de véu negro” para descrever alguém que se comporta de forma violenta. Guerreiros mortíferos com armas ou apenas com as mãos, jamais tocam em espadas. Seus flautistas tocam músicas enquanto eles entram em batalhas, e os Aiel chamam a luta de “a dança”, e “a dança das lanças”. Ver também sociedades guerreiras dos Aiel; Deserto Aiel.
Ajah: Sociedades internas das Aes Sedai, às quais todas as Aes Sedai, exceto o Trono de Amyrlin, pertencem. São designadas por cores: Azul, Vermelha, Branca, Verde, Marrom, Amarela e Cinza. Cada uma segue uma filosofia específica quanto ao uso do Poder Único e aos propósitos das Aes Sedai. A Ajah Vermelha, por exemplo, dedica-se a encontrar homens capazes de canalizar o Poder e amansá-los. A Ajah Marrom abre mão de qualquer envolvimento com o mundo e se dedica à busca por conhecimento, enquanto a Ajah Branca, amplamente abstêmia do mundo e dos valores da sabedoria mundana, dedica-se às questões filosóficas e à busca da verdade. A Ajah Verde (chamada de Ajah Guerreira durante as Guerras dos Trollocs) mantém-se a postos para enfrentar todos os novos Senhores do Medo quando Tarmon Gai’don acontecer. Há rumores de uma Ajah Negra dedicada a servir o Tenebroso.
al’Meara, Nynaeve: Mulher que exercia a função de Sabedoria em Campo de Emond, Dois Rios, distrito de Andor. Atualmente uma das Aceitas.
al’Thor, Rand: Jovem de Campo de Emond que é ta’veren. Era pastor de ovelhas. Atualmente proclamado o Dragão Renascido.
al’Vere, Egwene: Uma jovem de Campo de Emond. Atualmente em treinamento para ser Aes Sedai.
Alanna Mosvani: Aes Sedai da Ajah Verde.
Amalasan, Guaire: Ver Guerra do Segundo Dragão.
amansamento: Ato, realizado por Aes Sedai, de extinguir a capacidade de um homem de canalizar o Poder Único. É necessário, pois os homens que aprendem a canalizar enlouquecem por causa da mácula de saidin e terminam por fazer coisas horríveis com o Poder, em sua loucura. Um homem amansado ainda é capaz de sentir a Fonte Verdadeira, mas não consegue tocá-la. Qualquer loucura que tenha se desenvolvido antes do amansamento é detida, mas não curada, e pode-se evitar a morte caso o procedimento seja feito cedo o bastante. Ver também Poder Único; estancamento.
Amigos das Trevas: Os que seguem o Tenebroso e acreditam que ganharão poder, grandes recompensas e até mesmo a imortalidade quando ele for libertado.
Anaiya: Aes Sedai da Ajah Azul.
angreal: Objetos remanescentes da Era das Lendas que permitem a qualquer um capaz de canalizar o Poder Único manipular uma quantidade maior do poder do que seria possível fazê-lo de forma segura, sem ajuda. Não se sabe mais como fabricá-los. Restam poucos. Ver também sa’angreal; ter’angreal.
Artur Asa-de-gavião: Rei lendário (governou entre AL 943-994) que unificou todas as terras a oeste da Espinha do Mundo. Chegou a enviar exércitos para o outro lado do Oceano de Aryth (AL 992), mas todo contato com as tropas foi perdido na ocasião de sua morte, que deu início à Guerra dos Cem Anos. Seu símbolo era um gavião dourado em pleno voo. Ver também Guerra dos Cem Anos.
Assassinos da Árvore: Nome que os Aiel usam para se referir aos cairhienos, sempre em tom de horror e desgosto.
Assembleia, a: Em Illian, a Assembleia é escolhida dentre mercadores e donos de navios, por eles mesmos, e tem a função de aconselhar tanto o Rei quanto o Conselho dos Nove, embora historicamente dispute o poder com ambos.
Atha’an Miere: Ver Povo do Mar.
Avendesora: Na Língua Antiga, a “Árvore da Vida”. Mencionada em muitas histórias e lendas.
Avendoraldera: Uma árvore que cresceu na cidade de Cairhien de um ramo de Avendesora. O ramo foi um presente dos Aiel em 566 NE, apesar de nenhum registro revelar qualquer ligação entre os Aiel e Avendesora. Ver também Guerra dos Aiel.
Aviendha: Uma mulher do ramo dos Nove Vales dos Aiel Taardad, uma Far Dareis Mai, uma Donzela da Lança.
Aybara, Perrin: Jovem de Campo de Emond que era aprendiz de ferreiro.
Ba’alzamon: Na língua dos Trollocs, “Coração das Trevas”. Acredita-se que seja o nome que os Trollocs dão ao Tenebroso. Ver também Tenebroso; Trollocs.
Bashere, Zarine: Uma jovem de Saldaea que é Caçadora da Trombeta. Deseja ser chamada de Faile, que na Língua Antiga significa “falcão”.
Be’lal: Um dos Abandonados.
Bel Tine: Festival de primavera que celebra o fim do inverno, o brotamento da safra e o nascimento dos primeiros cordeiros.
Bornhald, Dain: Oficial dos Filhos da Luz, filho do Lorde Capitão Geofram Bornhald, que morreu em Falme, na Ponta de Toman.
braça: Ver comprimento, unidades de.
bravia: Mulher que aprende a canalizar o Poder Único sozinha. Apenas uma em cada quatro sobrevive à crise gerada por esse aprendizado. Tais mulheres costumam criar barreiras para que ninguém tome conhecimento de suas ações, mas, quando essas barreiras são transpostas, as bravias revelam-se entre as mais poderosas capazes de canalizar. O termo é com frequência utilizado de forma pejorativa.
Byar, Jaret: Oficial dos Filhos da Luz.
Caçada Selvagem: Muitos acreditam que o Tenebroso (com frequência chamado de Ceifador, ou Velho Ceifador, em Tear, Illian, Murandy, Altara e Ghealdan) cavalga pela noite com os “cães negros”, ou Cães das Trevas, à caça de almas. Essa é a Caçada Selvagem. A chuva pode afastar os Cães das Trevas durante a noite, mas, uma vez que rastreiam alguém, os Cães devem ser enfrentados e derrotados, ou a morte da vítima é inevitável. Acredita-se que a mera visão da Caçada Selvagem traz a morte iminente, tanto para quem a vê passar, quanto para seus amados.
Caemlyn: Capital de Andor.
Cães das Trevas: Ver Caçada Selvagem.
Cães de Pedra: Ver sociedades guerreiras dos Aiel.
Cairhien: Nome de uma nação nos limites da Espinha do Mundo, cuja capital recebe o mesmo nome. A cidade foi incendiada e saqueada durante a Guerra dos Aiel, assim como muitas outras cidades e aldeias. O consequente abandono de terras cultiváveis próximas da Espinha do Mundo tornou necessária a importação de grandes quantidades de grãos. O Assassinato do Rei Galldrian (998 NE) resultou em uma guerra civil entre as Casas nobres pela sucessão do Trono do Sol, na interrupção dos carregamentos de grãos e na fome. Cairhien tem como símbolo um sol nascente com muitos raios em um fundo de céu azul.
Callandor: A Espada Que Não É Espada, a Espada Que Não Pode Ser Tocada. Uma espada de cristal guardada na Pedra de Tear, na câmara chamada de Coração da Pedra. Ninguém pode tocá-la além do Dragão Renascido. De acordo com as Profecias do Dragão, um dos principais sinais do Renascimento do Dragão e da aproximação de Tarmon Gai’don será o momento em que o Dragão Renascido empunhar Callandor.
canalizar: Controlar o fluxo do Poder Único. Ver também Poder Único.
Cantor das Árvores: Ogier com a habilidade de cantar para as árvores (chamada de “canção das árvores”), curando-as, ajudando-as a crescer e florescer ou confeccionando artigos de madeira sem ferir a árvore. Objetos feitos dessa forma são chamados de “madeira cantada”, e são muito valiosos. Restam poucos Cantores das Árvores entre os Ogier. O Talento parece estar desaparecendo.
Cauthon, Mat: Um jovem de Campo de Emond, Dois Rios. Nome completo: Matrim Cauthon.
Cem Companheiros, os: Cem Aes Sedai entre os mais poderosos da Era das Lendas que, sob a liderança de Lews Therin Telamon, lançaram o ataque final que acabou com a Guerra da Sombra ao selar outra vez o Tenebroso em sua prisão. O contra-ataque do Tenebroso maculou saidin, e os Cem Companheiros enlouqueceram e iniciaram a Ruptura do Mundo. Ver também Tempo da Loucura; Ruptura do Mundo; Fonte Verdadeira; Poder Único.
Chama de Tar Valon: Símbolo de Tar Valon, do Trono de Amyrlin e das Aes Sedai. É uma representação estilizada de uma chama, uma lágrima branca com a ponta para cima.
Ciclo de Karaethon, O: Ver Dragão, Profecias do.
Cinco Poderes, os: Há fios no Poder Único, e cada pessoa que o utiliza costuma ser capaz de compreender alguns melhor que outros. Eles são batizados conforme o elemento a que se prestam — Terra, Ar (às vezes chamado de Vento), Fogo, Água e Espírito — e chamados de os Cinco Poderes. Qualquer um que use o Poder Único é melhor em manipular um, talvez dois, e mais fraco com os demais. Alguns poucos podem ter grande força com três, mas, desde a Era das Lendas, ninguém se mostrou forte em todos os cinco. Mesmo naquela época, era algo extremamente raro. O grau de força pode variar muito entre indivíduos. Fazer certas coisas com o Poder Único requer habilidades em um ou mais dos Cinco Poderes. Por exemplo, acender e controlar um fogo requer Fogo, já afetar o clima requer Ar e Água, ao passo que Curar requer Água e Espírito. Enquanto Espírito era encontrado igualmente em homens e mulheres, uma grande habilidade com Terra e/ou Fogo era muito mais frequente em homens, e com Água e/ou Ar, em mulheres. Havia exceções, mas o fenômeno era tão prevalente que Terra e Fogo passaram a ser considerados Poderes masculinos, e Ar e Água, femininos. Geralmente, nenhuma habilidade é considerada mais forte que outra, embora haja um ditado entre as Aes Sedai: “Não há rocha tão dura que a água e o vento não desgaste, nem fogo tão feroz que a água não apague ou que o vento não elimine.” Deve-se observar que qualquer ditado semelhante entre Aes Sedais homens perdeu-se há muito.
comprimento, unidades de: 10 polegadas = 3 palmos = 1 pé; 3 pés = 1 passo; 2 passos = 1 braça; 1000 braças = 1 milha; 4 milhas = 1 légua.
Conselho dos Nove: Em Illian, um conselho de nove lordes com a função de aconselhar o Rei, mas que historicamente trava com ele uma disputa pelo poder. Tanto o Rei quanto os Nove também competem com a Assembleia.
Coração da Pedra: Ver Callandor.
cuendillar: Ver pedra-do-coração.
Curadora das Crônicas: Segunda em autoridade entre as Aes Sedai, depois do Trono de Amyrlin, também atua como secretária da Amyrlin. É apontada para o cargo vitalício pelo Salão da Torre. Costuma ser da mesma Ajah à qual pertenceu a Amyrlin. Ver também Trono de Amyrlin; Ajah.
Daes Dae’mar: O Grande Jogo, também conhecido como Jogo das Casas. Nome dado às armações, tramas e manipulações das Casas Nobres em busca de poder. Nele, é dado grande valor à dissimulação, à busca de uma coisa enquanto parece estar atrás de outra e ao alcance de objetivos com o mínimo de esforço visível.
Damodred, Lorde Galadedrid: Meio-irmão de Elayne e Gawyn. Tem como símbolo uma espada de prata alada com a ponta para baixo.
Deserto Aiel: Terra hostil, severa e praticamente desprovida de água que fica a leste da Espinha do Mundo. Chamada pelos Aiel de Terra da Trindade. Poucos forasteiros se aventuram na região, não apenas por ser quase impossível alguém não nascido lá encontrar água, mas também porque os Aiel se consideram em guerra com todos os povos, e estrangeiros não são bem-vindos. Apenas aos mascates, menestréis e Tuatha’an é permitida a entrada em segurança, e mesmo com eles o contato é limitado. Não se sabe da existência de qualquer mapa do Deserto.
Dia do Sol: Feriado e festival no meio do verão, amplamente celebrado em diversas partes do mundo.
Dragão Renascido: De acordo com as lendas e profecias, o Dragão renascerá na hora de maior necessidade da humanidade com o objetivo de salvar o mundo. Não é algo pelo que as pessoas anseiem, seja porque as Profecias dizem que o Dragão Renascido trará uma nova Ruptura ao mundo ou porque Lews Therin, o Fratricida, conhecido como o Dragão, é um nome que provoca arrepios, mesmo mais de três mil anos após sua morte. Ver também Dragão, o; Dragão, falso; Dragão, Profecias do.
Dragão, falso: De tempos em tempos, alguns homens afirmam ser o Dragão Renascido, e às vezes um deles consegue seguidores tão numerosos que é preciso um exército para derrubá-lo. Alguns começaram guerras que envolveram diversas nações. Ao longo dos séculos, a maioria era incapaz de canalizar o Poder Único, mas alguns podiam fazê-lo. Todos, porém, desapareceram, foram capturados ou mortos sem cumprir qualquer uma das profecias referentes ao Renascimento do Dragão. Esses homens são chamados de falsos Dragões. Entre os capazes de canalizar, os mais poderosos foram Raolin Algoz-das-trevas (335-36 DR), Yurian Arco-de-pedra (cerca de 1300-1308 DR), Davian (AL 351), Guaire Amalasan (AL 939-43) e Logain (997 NE). Ver também Dragão Renascido.
Dragão, o: Nome pelo qual Lews Therin Telamon era conhecido durante a Guerra da Sombra. Sofrendo da loucura que se abateu sobre todos os Aes Sedai do sexo masculino, Lews Therin matou as pessoas de seu sangue e todos os outros que amava, recebendo então a alcunha de Fratricida. Ver também Dragão Renascido; Dragão, Profecias do.
Dragão, Profecias do: Pouco conhecidas e raramente comentadas, as Profecias registradas em O Ciclo de Karaethon predizem que o Tenebroso será libertado mais uma vez para tocar o mundo. E que Lews Therin Telamon, o Dragão, responsável pela Ruptura do Mundo, renascerá para lutar em Tarmon Gai’don, a última batalha contra a Sombra. Ver também Dragão, o.
Elaida: Aes Sedai da Ajah Vermelha. Antiga conselheira da Rainha Morgase, de Andor. Às vezes Profetiza.
Elayne da Casa Trakand: Filha da rainha Morgase, Filha-herdeira do trono de Andor. Atualmente em treinamento para ser Aes Sedai. Tem como símbolo um lírio dourado.
Era das Lendas: A Era que terminou com a Guerra da Sombra e a Ruptura do Mundo. Uma época em que Aes Sedai realizavam maravilhas com as quais atualmente só se pode sonhar. Ver também Roda do Tempo; Ruptura do Mundo; Guerra da Sombra.
Escudos Vermelhos: Ver sociedades guerreiras dos Aiel.
Espectros: Ver Myrddraal.
Espinha do Mundo, a: Cadeia de altíssimas montanhas, com poucos pontos de travessia, que separa o Deserto Aiel das terras a oeste.
estancamento: Ato, realizado pelas Aes Sedai, de isolar definitivamente uma mulher capaz de canalizar do Poder Único. Uma mulher que tenha sido estancada pode sentir a Fonte Verdadeira, mas não consegue tocá-la. Foi realizado tão poucas vezes que as noviças são obrigadas a decorar os nomes e crimes de todas as mulheres que sofreram a punição.
Far Dareis Mai: Literalmente “Donzelas da Lança”. Sociedade guerreira dos Aiel que, ao contrário de todas as demais, admite apenas mulheres. Uma Donzela não pode se casar e permanecer na sociedade, nem lutar enquanto estiver grávida. Qualquer criança nascida de uma Donzela é entregu e a outra mulher para que esta a crie, de modo que ninguém saiba quem era a mãe da criança. (“Você não pode pertencer a nenhum homem, nem homem algum pode lhe pertencer, nem qualquer criança. A lança é sua amante, sua filha e sua vida.”) Tais crianças são estimadas, pois foi previsto que alguém nascido de uma Donzela unirá os clãs e devolverá aos Aiel a grandeza que tiveram durante a Era das Lendas. Ver também sociedades guerreiras dos Aiel.
Filha da Noite: Ver Lanfear.
Filha-herdeira: Título da herdeira do trono de Andor. A filha mais velha da Rainha sucede a mãe. Sem filhas vivas, o trono passa à parente consanguínea mais próxima da Rainha.
Filhos da Luz: Sociedade de crenças estritamente ascéticas dedicada a derrotar o Tenebroso e a destruir todos os Amigos das Trevas. Foi fundada durante a Guerra dos Cem Anos por Lothair Mantelar, com o objetivo de pregar contra o crescente número de Amigos das Trevas, mas evoluiu no decorrer da guerra até se tornar uma organização militar. Extremamente rígidos em suas crenças, estão absolutamente convencidos de que apenas eles conhecem a verdade e sabem o que é certo. Odeiam as Aes Sedai e as consideram Amigas das Trevas, assim como a todos que as apoiam. São chamados de Mantos-brancos, um apelido pejorativo. Têm como símbolo um sol dourado em um fundo branco.
Fonte Verdadeira: Força motriz do universo que faz girar a Roda do Tempo. É dividida em uma metade masculina, saidin, e outra feminina, saidar, que trabalham ao mesmo tempo com e contra a outra. Apenas homens podem recorrer a saidin, e apenas mulheres, a saidar. Desde o Tempo da Loucura, saidin está maculado pelo toque do Tenebroso. Ver também Poder Único.
Fortaleza da Luz: A grande fortaleza dos Filhos da Luz, localizada em Amador, capital de Amadícia. Existe um Rei em Amadícia, mas são os Filhos que governam de fato. Ver também Filhos da Luz.
Gaidin: Literalmente “Irmão nas Batalhas”. Título usado pelas Aes Sedai para os Guardiões. Ver também Guardião.
Galad: Ver Damodred, Lorde Galadedrid.
Gaul: Um Aiel do ramo Imran dos Shaarad, um Shae’en M’taal, um Cão de Pedra.
Gawyn da Casa Trakand: Filho da Rainha Morgase, irmão de Elayne, que será o Primeiro Príncipe da Espada quando Elayne subir ao trono. Tem como símbolo um javali branco.
Grande Caçada à Trombeta, A: Ciclo de histórias sobre a lendária busca pela Trombeta de Valere que ocorreu nos anos entre o fim das Guerras dos Trollocs e o início da Guerra dos Cem Anos. Se contado por inteiro, o ciclo pode durar vários dias. Ver também Trombeta de Valere.
Grande Jogo, o: Ver Daes Dae’mar.
Grande Praga, a: Região no extremo norte inteiramente corrompida pelo Tenebroso. Local onde vivem Trollocs, Myrddraal e outras criaturas da Sombra.
Grande Senhor das Trevas: Nome pelo qual os Amigos das Trevas se referem ao Tenebroso, alegando que usar seu nome verdadeiro é uma blasfêmia.
Grande Serpente: Símbolo do tempo e da eternidade, que já era antigo antes do início da Era das Lendas, consiste em uma serpente mordendo a própria cauda. Um anel na forma da Grande Serpente é dado às Aceitas entre as Aes Sedai.
Grão-lordes de Tear: Com atuação semelhante à de um conselho, os Grão-lordes são os governantes da nação de Tear, onde não há rei ou rainha. Seu número não é fixo, varia ao longo dos anos de tantos quanto vinte a tão poucos quanto seis. Não devem ser confundidos com os Senhores da Terra, que são lordes menores tairenos.
Guardião: Guerreiro que tem um elo com uma Aes Sedai. O elo é feito com o Poder Único, e concede dádivas como cura acelerada, capacidade de ficar longos períodos sem comida, água ou descanso e a habilidade de sentir a mácula do Tenebroso a distância. Enquanto o Guardião permanece vivo, a Aes Sedai com quem ele tem o elo sabe que ele está vivo, por mais distante que esteja, e, quando ele morre, ela sabe o momento e a forma como morreu. Enquanto a maioria das Ajahs acredita que é natural uma Aes Sedai ter um elo com apenas um Guardião de cada vez, a Ajah Vermelha se recusa a estabelecê-los, e a Ajah Verde crê que seja possível estabelecer elos com quantos Guardiões quiserem. Pela ética, é preciso que o Guardião aceite o elo, mas há casos em que este foi feito involuntariamente. O que a Aes Sedai ganha com o elo é um segredo muito bem guardado. Ver também Aes Sedai.
Guerra da Sombra: Também conhecida como Guerra do Poder, encerrou a Era das Lendas. Começou pouco depois da tentativa de libertar o Tenebroso, e logo envolveu o mundo inteiro. Em um mundo em que mesmo as lembranças do que era a guerra haviam sido esquecidas, todas as facetas foram redescobertas, muitas vezes distorcidas pelo toque do Tenebroso no mundo, e o Poder Único foi usado como arma. A guerra terminou com a renovação do selo da prisão do Tenebroso. Ver também Cem Companheiros, os; Dragão, o.
Guerra do Poder: Ver Guerra da Sombra.
Guerra do Segundo Dragão: A guerra lutada (939–43 AL) contra o falso Dragão Guaire Amalasan. Durante ela, um jovem rei chamado Artur Tanreall Paendrag, mais tarde conhecido como Artur Asa-de-gavião, ganhou importância significativa.
Guerra dos Aiel: Quando o Rei Laman de Cairhien cortou Avendoraldera, diversos clãs dos Aiel cruzaram a Espinha do Mundo. Eles saquearam e incendiaram a capital de Cairhien, bem como muitas outras cidades e vilarejos, e o conflito se estendeu até Andor e Tear. A opinião geral afirma que os Aiel foram finalmente derrotados na Batalha das Muralhas Reluzentes, diante de Tar Valon, mas a verdade é que Laman foi morto naquela batalha, e, tendo cumprido seu objetivo, os Aiel cruzaram a Espinha de volta. Ver também Avendoraldera; Cairhien.
Guerra dos Cem Anos: Série de guerras concomitantes entre alianças em constante mudança, iniciada pela morte de Artur Asa-de-gavião e a subsequente disputa por seu império. Durou de 994 AL até 1117 AL. A guerra deixou grande parte das terras entre o Oceano de Aryth e o Deserto Aiel quase desabitadas, do Mar das Tempestades à Grande Praga. A destruição foi tanta que restam apenas alguns registros da época. O império de Artur Asa-de-gavião se fragmentou com as guerras, e as nações dos dias atuais se formaram. Ver também Artur Asa-de-gavião.
Guerras dos Trollocs: Série de guerras iniciadas em torno de 1000 DR que duraram mais de trezentos anos, ao longo dos quais os exércitos dos Trollocs arrasaram o mundo. Com o tempo, os Trollocs foram mortos ou forçados a voltar à Grande Praga, mas algumas nações desapareceram, enquanto outras ficaram quase desabitadas. Todos os registros da época são fragmentados.
Homem Cinza: Alguém que voluntariamente entregou a alma para se tornar um assassino a serviço da Sombra. Os Homens Cinza têm uma aparência tão comum que é muito fácil passar os olhos por eles sem percebê-los. A grande maioria é de fato composta de homens, mas existe um pequeno número de mulheres.
Illian: Grande porto no Mar das Tempestades, capital da nação de mesmo nome.
Iluminadores, Guilda de: Uma corporação que detém o segredo da confecção de fogos de artifício e o guarda a sete chaves, mesmo que para isso precise matar. O nome da Guilda vem das grandes exposições, chamadas Iluminações, oferecidas para governantes e às vezes grandes lordes. Fogos de artifício menores são vendidos para uso externo, mas com avisos de atenção para o desastre que pode resultar da tentativa de descobrir o que há dentro deles. A casa do capítulo da Guilda fica em Tanchico, capital de Tarabon. A Guilda estabeleceu outra casa do capítulo em Cairhien, mas já não está em atividade.
Ishamael: Na Língua Antiga, “Traidor da Esperança”. Um dos Abandonados. Nome dado ao líder dos Aes Sedai que desertaram para o lado do Tenebroso na Guerra da Sombra. Dizem que até ele mesmo esqueceu seu nome verdadeiro. Ver também Abandonados.
Jogo das Casas, o: Ver Daes Dae’mar.
Jornadas de Jain, o Viajante, As: Um livro muito conhecido das histórias e observações de viagens de um célebre escritor e andarilho malkieri. A primeira edição data de 968 NE, e o livro continua a ser reimpresso. Jain, o Viajante, desapareceu pouco tempo depois da Guerra dos Aiel, e acredita-se que ele esteja morto.
Juramentos, Três: Juramentos feitos por uma Aceita quando é elevada a Aes Sedai. São proferidos enquanto ela segura o Bastão dos Juramentos, um ter’angreal que confirma seu compromisso com os votos. São eles: (1) Não dizer palavra que não seja verdadeira. (2) Não criar arma com a qual um homem possa matar outro. (3) Nunca usar o Poder como arma exceto contra Criaturas da Sombra, ou, em casos extremos, em defesa da própria vida, da vida de seu Guardião ou de outra Aes Sedai. Esses juramentos nem sempre foram obrigatórios, mas diversos eventos antes e desde a Ruptura fizeram com que se tornassem necessários. O segundo juramento foi o primeiro a ser adotado, em reação à Guerra do Poder. O primeiro juramento, embora levado ao pé da letra, em geral pode ser contornado por um discurso cuidadoso. Acredita-se que os dois últimos sejam invioláveis.
Laman: Rei de Cairhien, da Casa Damodred, que perdeu o trono e a vida na Guerra dos Aiel. Ver também Guerra dos Aiel; Avendoraldera.
Lan; al’Lan Mandragoran: Guardião, ligado pelo elo a Moiraine. Rei Não Coroado de Malkier, Dai Shan e último lorde dos malkieris. Ver também Guardião; Moiraine; Malkier.
Lanfear: Na Língua Antiga, “Filha da Noite”. Uma dos Abandonados, talvez a mais poderosa depois de Ishamael. Diferente dos demais Abandonados, ela mesma escolheu o nome. Dizem ter sido apaixonada por Lews Therin Telamon. Ver também Abandonados; Dragão, o.
Leane: Aes Sedai da Ajah Azul e Curadora das Crônicas. Ver também Ajah; Curadora das Crônicas.
légua: Ver comprimento, unidades de.
Lews Therin Telamon; Lews Therin Fratricida: Ver Dragão, o.
Liandrin: Aes Sedai outrora da Ajah Vermelha, de Tarabon. Atualmente sabe-se que pertence à Ajah Negra.
Língua Antiga: A língua falada durante a Era das Lendas. Espera-se que os nobres e os bem-educados saibam falá-la, mas a maioria conhece apenas algumas poucas palavras.
Loial, filho de Arent, filho de Halan: Ogier do Pouso Shangtai.
Luz, Filhos da: Ver Filhos da Luz.
madeira cantada: Ver Cantor das Árvores.
Malkier: Nação que um dia fez parte das Terras da Fronteira, hoje consumida pela Praga. O símbolo de Malkier era um grou dourado em pleno voo.
Manetheren: Uma das Dez Nações que formaram o Segundo Pacto e o nome de sua capital. Tanto a cidade quanto a nação foram destruídas nas Guerras dos Trollocs.
Mantos-brancos: Ver Filhos da Luz.
Masema: Soldado shienarano que odeia os Aiel.
massa, unidades de: 10 onças = 1 libra; 10 libras = 1 pedra; 10 pedras = 1 cem-pesos; 10 cem-pesos = 1 tonelada.
Mayene: Cidade-estado no Mar das Tempestades que deve sua riqueza e independência ao conhecimento sobre a localização de cardumes de peixe-prego, que rivalizam em importância econômica com os bosques de oliveiras em Tear, Illian e Tarabon. Peixes-prego e oliveiras fornecem quase todo o óleo para os lampiões. A atual governante de Mayene é Berelain, a Primeira de Mayene. Os governantes de Mayene alegam ser descendentes de Artur Asa-de-gavião. O símbolo de Mayene é um gavião dourado em pleno voo.
Meio-homem: Ver Myrddraal.
menestréis: Viajantes contadores de histórias, músicos, malabaristas, acrobatas e mestres do entretenimento. Conhecidos por sua marca registrada, os mantos de retalhos multicoloridos, eles se apresentam principalmente em aldeias e cidades pequenas.
Merrilin, Thom: Menestrel e antigo amante da Rainha Morgase.
milha: Ver comprimento, unidades de.
Min: Uma jovem com a capacidade de ler eventos sobre as pessoas nas auras e imagens que por vezes enxerga em torno delas.
Moiraine: Aes Sedai da Ajah Azul. Nasceu na Casa Damodred e, embora não esteja na linha de sucessão ao trono, foi criada no Palácio Real em Cairhien.
Morgase: Pela Graça da Luz, Rainha de Andor, Defensora do Reino, Protetora do Povo, Grão-trono da Casa Trakand. Seu símbolo são três chaves douradas. O símbolo da Casa Trakand é uma pedra angular prateada.
Myrddraal: Criaturas do Tenebroso, comandantes dos Trollocs. Crias distorcidas de Trollocs nas quais o material humano usado para criá-los ressurge, mas maculado pelo mal que originou os Trollocs. Não têm olhos, mas enxergam como águias, tanto na luz quanto no escuro. Têm alguns poderes que vêm do Tenebroso, inclusive a habilidade de causar um medo paralisante com o olhar e a de sumir onde quer que haja sombras. Uma das poucas fraquezas conhecidas é a relutância em cruzar água corrente. Em terras diferentes, são conhecidos por diversos nomes, entre eles Meios-homens, Sem-olhos, Homens-sombra, Espreitadores, Espectros e Desvanecidos.
Nedeal, Corianin: Ver Talentos.
Niall, Pedron: Senhor Capitão Comandante dos Filhos da Luz. Ver também Filhos da Luz.
Ogier: (1) Raça não humana, caracterizada por altura elevada (um adulto do sexo masculino tem cerca de dez pés de altura, em média), porte largo, narizes muito parecidos com focinhos e orelhas longas e peludas. Vivem em áreas chamadas de pousos. A saída desses pousos depois da Ruptura do Mundo (uma época chamada pelos Ogier de Exílio) resultou no que se chama de Saudade. Um Ogier que passa muito tempo longe do pouso adoece e morre. São tidos como exímios alveneiros graças à construção de grandiosas cidades humanas depois da Ruptura, mas consideram o trabalho de alvenaria apenas um aprendizado que tiveram durante o período do Exílio, menos importante que o cuidado com as árvores dos pousos (em especial as imensas, chamadas Grandes Árvores). Raramente deixam os pousos, exceto para realizar algum trabalho como alveneiros, e costumam ter pouco contato com humanos. O conhecimento sobre eles entre os humanos é escasso, e muitos creem que Ogier são apenas lendas. Embora se acredite que os Ogier são um povo pacífico e muito difícil de irritar, algumas histórias antigas afirmam que eles lutaram ao lado dos humanos nas Guerras dos Trollocs e que são inimigos implacáveis. Em geral são ávidos por conhecimento, e seus livros e histórias contêm diversas informações perdidas para os humanos. A expectativa de vida média de um Ogier é três a quatro vezes maior que a de um ser humano. (2) Qualquer indivíduo que não seja da raça humana. Ver também Ruptura do Mundo; pouso; Cantor das Árvores.
Ordeith: Na Língua Antiga, “Artemísia”. Nome do homem que aconselha o Senhor Capitão Comandante dos Filhos da Luz.
Padrão de uma Era: A Roda do Tempo tece os fios das vidas humanas no Padrão de uma Era, muitas vezes chamado simplesmente de Padrão, que forma a substância da realidade para aquela Era. Ver também ta’veren.
Pedra de Tear: Grande Fortaleza na cidade de Tear, que dizem ter sido construída logo após a Ruptura do Mundo, com uso do Poder Único. Foi sitiada e atacada incontáveis vezes, mas nunca com sucesso. A Pedra é mencionada duas vezes nas Profecias do Dragão. Uma delas afirma que a Pedra não cairá antes da chegada do Povo do Dragão. Em outra passagem, afirma-se que a Pedra não cairá até que as mãos do Dragão empunhem a Espada Que Não Pode Ser Tocada, Callandor. Alguns acreditam que essas Profecias são a razão da antipatia dos Grão-lordes pelo Poder Único e da lei tairena que proíbe a canalização. Apesar dessa antipatia, a Pedra contém uma coleção de an’greal e ter’angreal que rivaliza com a da Torre Branca, uma coleção reunida, alguns dizem, como tentativa de diminuir o resplendor da posse de Callandor.
pedra-do-coração: Substância indestrutível criada durante a Era das Lendas. Qualquer força conhecida usada para tentar quebrá-la é absorvida, deixando-a mais forte. Outro nome para cuendillar.
picadinha: Inseto pequeno, quase invisível, que pica.
Poder Único, o: O poder retirado da Fonte Verdadeira. A grande maioria das pessoas é incapaz de aprender a canalizá-lo. Pouquíssimos podem ser ensinados, e uma parcela ainda menor nasce com essa habilidade. Para esses poucos não há necessidade de aprendizado, pois tocarão a Fonte Verdadeira e canalizarão o Poder independente mente da sua vontade, e talvez sequer percebam que o fazem. Essa habilidade inata geralmente se manifesta no fim da adolescência ou início da idade adulta. Caso não aprendam a controlar, com ajuda ou por si mesmos (algo bem difícil, com uma taxa de sucesso de apenas um em cada quatro), a morte é certa. Desde o Tempo da Loucura, homem algum é capaz de canalizar sem enlouquecer de forma terrível e, em seguida, mesmo aprendendo a ter certo controle, morrer de uma espécie de doença degenerativa que faz com que o portador apodreça ainda vivo. Essa doença é causada, assim como a loucura, pela mácula do Tenebroso em saidin. Para uma mulher, a morte oriunda do uso de Poder sem controle é menos terrível, mas igualmente certa. As Aes Sedai buscam meninas com habilidade inata tanto para salvá-las quanto para aumentar o número de irmãs, e buscam homens capazes de canalizar para impedir as coisas terríveis que farão em sua loucura. Ver também Aes Sedai; canalizar; Cinco Poderes; Tempo da Loucura; Fonte Verdadeira.
Poderes, os Cinco: Ver Cinco Poderes.
pouso: Terras dos Ogier. Muitos pousos foram abandonados desde a Ruptura do Mundo. Têm alguma forma de proteção, cuja compreensão se perdeu, de modo que nenhuma Aes Sedai possa canalizar o Poder Único ou sequer sentir a Fonte Verdadeira dentro deles. Tentativas de usar o Poder Único feitas de fora de um pouso não terão qualquer efeito no seu interior. Nenhum Trolloc entra em um pouso, a menos que seja forçado, e mesmo um Myrddraal o fará apenas em caso de extrema necessidade e com grande relutância e desprazer. Até os Amigos das Trevas, se muito dedicados, sentem-se desconfortáveis dentro deles.
Povo do Mar: O nome mais adequado é Atha’an Miere. Habitantes das ilhas do Oceano de Aryth e do Mar das Tempestades, passam pouco tempo nas ilhas, levando grande parte de suas vidas nos navios. A maioria do comércio marítimo é feita nos navios do Povo do Mar.
Povo Errante: Ver Tuatha’an.
Praga: Ver Grande Praga, a.
Questionadores, os: Ordem dentro dos Filhos da Luz cujos objetivos são descobrir a verdade, quando controversa, e revelar Amigos das Trevas. Em sua busca pela verdade e pela Luz, o método usual de interrogatório é a tortura. Costumam agir como se já soubessem a verdade e precisassem apenas de uma confissão. Os Questionadores referem-se a si mesmos como a Mão da Luz, a Mão que desenterra a verdade, e às vezes agem como se fossem completamente independentes dos Filhos e do Conselho dos Ungidos, que os comanda. O líder dos Questionadores é o Grão-inquisidor, que ocupa uma cadeira no Conselho dos Ungidos. Têm como símbolo o cajado vermelho-sangue de um pastor.
Rhuarc: Um Aiel, chefe do clã dos Aiel Taardad.
Roda do Tempo, a: O tempo é uma roda com sete braços, cada um uma Era. Conforme a roda gira, as Eras vêm e vão, deixando lembranças que desvanecem e se tornam lendas, que desvanecem e se tornam mitos, e que já estão há muito esquecidos quando a Era que lhes deu origem retorna. O Padrão de uma Era é um pouco diferente a cada vez que ela retorna, e a cada vez ele é sujeito a mudanças maiores.
Rogosh Olho-de-águia: Herói lendário mencionado em inúmeras histórias antigas.
Ruptura do Mundo, a: Durante o Tempo da Loucura, os Aes Sedai, tomados pela loucura e capazes de usar o poder único em um grau que hoje é desconhecido, desfiguraram a terra. Causaram grandes terremotos, arrasaram antigas cadeias de montanhas, ergueram terra onde havia oceanos e fizeram os oceanos invadirem a terra. Muitas partes do mundo ficaram completamente despovoadas, e os sobreviventes se dispersaram como poeira ao vento. Essa destruição é lembrada em contos, lendas e na história como a Ruptura do Mundo. Ver também Tempo da Loucura; Cem Companheiros, os.
sa’angreal: Objetos que permitem que um indivíduo canalize muito mais do Poder Único do que seria possível ou seguro de outra forma. Um sa’angreal é semelhante a um angreal, porém muitíssimo mais poderoso. O volume do poder que pode ser canalizado com um sa’angreal está para o que se canaliza com um angreal como o que se canaliza com um angreal está para o que se canaliza sem ajuda. Remanescentes da Era das Lendas, o segredo de sua fabricação foi perdido. Restam apenas alguns, que são muito mais raros que os angreal.
Sabedoria: Nas aldeias, é a mulher escolhida para participar do Círculo das Mulheres por seu conhecimento em áreas como a cura e a previsão do tempo, assim como seu bom senso. É uma posição de grande responsabilidade e autoridade, tanto declarada quanto implícita. Geralmente é considerada equivalente ao Prefeito, e em algumas aldeias é sua superior. Ao contrário do Prefeito, o cargo de Sabedoria é vitalício, e é raro uma deixar o ofício antes de morrer. O conflito com o Prefeito é quase uma tradição. Dependendo da região o título pode ser outro, como Guia, Curandeira, Buscadora ou Sábia.
sabiola: Instrumento musical que pode ter seis, dez ou doze cordas. É colocado sobre os joelhos e tocado em pizzicato ou dedilhado.
saidar/saidin: Ver Fonte Verdadeira.
Saltador: Um lobo.
Seanchan: (1) Descendentes dos exércitos que Artur Asa-de-gavião enviou para o outro lado do Oceano de Aryth, que voltaram para reclamar as terras de seus antepassados. (2) A terra onde vivem esses descendentes. Ver também Hailene; Corenne; Rhyagelle.
Selene: Nome usado pela Abandonada chamada Lanfear.
Sem-alma: Ver Homem Cinza.
Senhores do Medo: Homens e mulheres que, capazes de canalizar o Poder Único, passaram para o lado da Sombra durante as Guerras dos Trollocs, agindo como comandantes das forças dos Trollocs. Às vezes são confundidos com os Abandonados pelos menos instruídos.
Servos, Salão dos: Na Era das Lendas, o grande salão de reuniões das Aes Sedai.
Shadar Logoth: Cidade abandonada e evitada desde as Guerras dos Trollocs. Seu solo é maculado, e nem mesmo a menor pedra existente nela é segura.
Shai’tan: Ver Tenebroso.
Shayol Ghul: Montanha nas Terras Devastadas, local da prisão do Tenebroso.
Sheriam: Aes Sedai da Ajah Azul. Mestra das Noviças na Torre Branca.
Siuan Sanche: Filha de um pescador taireno, ela foi, segundo a lei tairena, enviada em um navio para Tar Valon antes do Segundo pôr de sol depois que foi descoberto seu potencial para canalizar. Ex-integrante da Ajah Azul. Elevada a Trono de Amyrlin em 988 NE.
sociedades guerreiras dos Aiel: Todos os guerreiros Aiel são membros de uma das sociedades guerreiras, como os Cães de Pedra (Shae’en M’taal), os Escudos Vermelhos (Aethan Dor) e as Donzelas da Lança (Far Dareis Mai). Cada sociedade tem seus próprios costumes e, às vezes, deveres específicos. Por exemplo, os Escudos Vermelhos agem como polícia. Os Cães de Pedra muitas vezes fazem votos de não recuar depois de entrarem em batalha, e perderão até o último homem, se necessário, para cumprir os votos. É frequente os clãs lutarem entre si — como os Aiel Goshien, Reyn, Shaarad e Taardad —, mas membros da mesma sociedade não se enfrentam, ainda que os clãs o façam. Dessa forma, há sempre alguma espécie de relacionamento entre clãs, mesmo quando em guerra declarada. Ver também Aiel; Deserto Aiel; Far Dareis Mai.
Sonhador: Ver Talentos.
ta’maral’ailen: Na Língua Antiga, “Teia do Destino”. Uma grande mudança no Padrão de uma Era, centrada em uma ou mais pessoas, denominadas ta’veren. Ver também Padrão de uma Era; ta’veren.
ta’veren: Pessoa em torno da qual a Roda do Tempo tece todos os fios de vida próximos, talvez até TODOS os fios de todas as vidas, para formar uma Teia do Destino. Ver também Padrão de uma Era.
Talentos: Habilidades relativas ao uso do Poder Único em áreas específicas. O mais conhecido de todos, sem dúvida, é o da Cura. Alguns, como o de Viajar (habilidade de ir de um lugar a outro sem cruzar o espaço interveniente), foi perdida. Outros, como o da Profecia (capacidade de predizer eventos futuros, mas de forma geral) são hoje em dia muito raros, quando existem. Outro Talento que há muito se pensava não mais existir era o de Sonhar, que envolve, entre outras coisas, a interpretação dos sonhos do Sonhador para prever futuros eventos de maneira mais específica do que as Profecias. Alguns Sonhadores têm a habilidade de adentrar Tel’aran’rhiod, o Mundo de Sonhos, e (ao que se diz) até mesmo os sonhos de outras pessoas. O último Sonhador de que se tem notícia foi Corianin Nedeal, que morreu em 526 NE.
Tanreall, Artur Paendrag: Ver Artur Asa-de-gavião.
Tarmon Gai’don: A Última Batalha. Ver também Dragão, o; Dragão, Profecias do; Trombeta de Valere.
Tear: Grande cidade portuária no Mar das Tempestades. Capital do país de mesmo nome. O estandarte de Tear é composto de três luas crescentes brancas que se inclinam por um campo metade vermelho, metade dourado. Ver também Pedra de Tear.
Tel’aran’rhiod: Na Língua Antiga, “Mundo Invisível” ou “Mundo dos Sonhos”. Um mundo vislumbrado em sonhos que os antigos acreditavam permear e circundar todos os outros mundos possíveis. Ao contrário dos outros sonhos, o que acontece às criaturas vivas no Mundo dos Sonhos é real: uma ferida sofrida lá ainda existirá ao despertar, e quem morre lá não acorda jamais.
Telamon, Lews Therin: Ver Dragão, o.
Tempo da Loucura: Os anos após o contra-ataque do Tenebroso macular a metade masculina da Fonte Verdadeira, quando os Aes Sedai enlouqueceram e causaram a Ruptura do Mundo. Não se sabe a duração exata desse período, mas acredita-se que tenha durado aproximadamente cem anos. Terminou com a morte do último Aes Sedai. Ver também Cem Companheiros; Fonte Verdadeira; Poder Único.
Tenebroso, nomear o: Dizer o nome verdadeiro do Tenebroso (Shai’tan) atrai sua atenção, trazendo inevitavelmente má sorte, na melhor das hipóteses, e desastres, na pior. Por isso muitos eufemismos são usados, entre os quais Tenebroso, Pai das Mentiras, Cega-vista, Senhor do Túmulo, Pastor da Noite, Veneno do Coração, Presa-do-coração, Velho Ceifador, Queima-grama e Mangra-folha. Os Amigos das Trevas o chamam de Grande Senhor das Trevas. Diz-se com frequência que alguém que parece chamar o azar está “nomeando o Tenebroso”.
Tenebroso: Nome mais comum, usado em todas as terras, para Shai’tan. A fonte de todo mal, antítese do Criador. Foi aprisionado em Shayol Ghul pelo Criador, no momento da criação. Uma tentativa de libertá-lo causou a Guerra da Sombra, a mácula de saidin, a Ruptura do Mundo e o fim da Era das Lendas.
ter’angreal: Qualquer objeto remanescente da Era das Lendas que utilize o Poder Único. Diferente dos angreal e sa’angreal, cada ter’angreal foi feito para determinado objetivo. Por exemplo, um obriga a cumprir os votos feitos com seu auxílio. Alguns são usados pelas Aes Sedai, mas o propósito original é, em grande medida, desconhecido. Alguns matarão qualquer mulher que os use ou destruirão sua habilidade de canalizar. Ver também angreal; sa’angreal.
Terras da Fronteira, as: As nações que fazem fronteira com a Grande Praga: Saldaea, Arafel, Kandor e Shienar.
Tigraine: Como Filha-herdeira de Andor, casou-se com Taringail Damodred, com quem teve um filho, Galadedrid. Seu desaparecimento em 972 NE, logo depois do desaparecimento de seu irmão Luc, na Praga, levou a disputas em Andor, chamadas de A Sucessão, e provocou em Cairhien os eventos que acabariam por levar à Guerra dos Aiel. Tem como símbolo uma mão feminina segurando o ramo espinhoso de uma rosa branca.
Traidor da Esperança: Ver Ishamael.
Trollocs: Criaturas do Tenebroso, criadas durante a Guerra da Sombra. De imensa estatura, são uma mistura distorcida entre animais e humanos. Os Trollocs se dividem em bandos semelhantes a tribos, entre eles os Dha’vol, Ko’bal e Dhai’mon. Malignos por natureza, matam pelo puro prazer de matar. Traiçoeiros ao extremo, só são confiáveis quando coagidos pelo medo.
Trombeta de Valere: Objeto lendário da Grande Caçada à Trombeta. Dizem poder convocar os heróis mortos para lutar contra a Sombra.
Trono de Amyrlin: (1) Título da líder das Aes Sedai. O Salão da Torre, o mais alto conselho das Aes Sedai, formado por três representantes de cada uma das sete Ajahs (as Votantes), elege uma mulher para esse cargo vitalício. O Trono de Amyrlin tem, ao menos em teoria, autoridade quase suprema entre as Aes Sedai. O status equivale ao de um rei ou rainha. Uma forma de tratamento um pouco menos formal é apenas “Amyrlin”. (2) O trono no qual se senta a líder das Aes Sedai.
Tuatha’an: Um povo nômade, também conhecido como latoeiros e Povo Errante, que vive em carroções muito coloridos e segue uma filosofia pacifista chamada Caminho da Folha. Objetos consertados pelos Latoeiros costumam ficar melhores que antes. Estão entre os poucos que conseguem atravessar o Deserto Aiel sem serem molestados, pois os Aiel evitam todo contato com eles.
Velho Ceifador: Ver Tenebroso; Caçada Selvagem.
Verin Mathwin: Aes Sedai da Ajah Marrom.